A ariranha

A ariranha (Pteronura brasiliensis) estava à beira da extinção, com uma estimativa de apenas 300 indivíduos vivendo na natureza na década de 1980, de acordo com um relatório da IUCN.

A principal causa desse declínio populacional foi a caça furtiva da ariranha para uso de sua pelagem. Após as restrições de caça, seus números se recuperaram, mas agora o fator limitante para as ariranhas é o declínio do peixe. Em todos os rios da Amazônia, os estoques de peixes estão diminuindo devido à sobrepesca comercial.

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Uma população significativa de ariranhas vive nas áreas úmidas do rio Araguaia central, e em particular na região do Cantão, que com seus mais de 1000 lagos marginais e extensas florestas alagadas e banhados é um dos melhores habitats para esta espécie no Brasil. O Instituto Araguaia patrulha a área para inibir os pescadores furtivos, cujas atividades os colocam em conflito direto com as ariranhas. Com o declínio da pesca furtiva, os rios e lagos da região estão repletos de peixes, e observamos um retorno triunfante da população de ariranhas nos últimos dez anos. Não só as avistagens se tornaram muito frequentes, como também as ariranhas se familiarizaram cada vez mais com a nossa presença constante, porem pacífica. Isso nos permitiu observá-los e filmá-los por longas horas durante suas rotinas e entender melhor a dinâmica populacional da espécie.

Peekaboo

Em 2010, o Instituto Araguaia iniciou o primeiro estudo de longo prazo sobre ariranhas na Amazônia oriental. Desde então, temos pesquisado mais de 30 lagoas marginais e canais de rios nas proximidades de nossa estação de pesquisa, nas florestas virgens da região do Cantão. Como resultado, temos recordes populacionais de ariranhas ininterruptos desde 2010.

Nosso principal objetivo tem sido estender a proteção total contra a caça furtiva e outras ameaças à população estável de ariranhas que reside neste setor do Parque, bem como às abundantes presas de peixes das quais dependem.

Ao longo de 10 anos, realizamos censos mensais de ariranhas na área, garantindo a continuidade de nosso conjunto de dados. Observações diretas combinadas com armadilhas fotográficas permitiram a identificação de todos os grupos e indivíduos residentes de ariranhas, bem como de suas tocas, alimentação e locais de reprodução preferidos durante a estação de águas baixas.  Os resultados desse estudo forma publicados em 2022 pela IUCN: https://iucnosgbull.org/Volume39/Leles_et_al_2022.pdf

De acordo com nossas observações, baseadas na metodologia estabelecida pela IUCN e descrita na publicação "Levantamento e monitoramento da distribuição e tendências populacionais da ariranha, IUCN/SSC Otter Specialist Group", no Cantão as ariranhas costumam escavar suas tocas reprodutivas nas margens dos lagos marginais a partir de julho, quando as águas já estão bastante baixas. Eles nascem entre agosto e setembro. Os filhotes emergem pela primeira vez em outubro e novembro, que são os meses de água mais baixa, quando as concentrações de peixes estão nos lagos cada vez menores e os canais estão no auge. Isso torna mais fácil para os adultos a captura de peixes em quantidades suficientes para os filhotes em crescimento e para os próprios filhotes aprenderem a pescar. Todo o grupo, incluindo adultos não reprodutivos, colabora para pegar peixes suficientes para os jovens. Analise do sucesso reprodutivo revelou que, no Cantão, a sobrevivência de filhotes é maior quando nascem a partir de grupos de 3 ariranhas ou mais. 

Os resultados do projeto foram também incorporados à gestão da reserva e ao Plano de Ação Nacional das Ariranhas, em cujo Grupo Consultivo o Instituto Araguaia tem assento. As imagens geradas são usadas para produzir materiais educativos e apresentações em nosso Centro de Educação Ambiental em apoio à conservação das ariranhas e à proteção do Cantão.

Going for a swim

o futuro é incerto, mas há esperança
— Silvana, Instituto Araguaia

O projeto do Instituto “Monitoramento de ariranhas e dinâmica populacional” recebeu assessoria técnica da Dra. Nicole Duplaix, presidente do SSC/Otter Specialist Group da IUCN, bem como do Dr. Rob Williams e do Dr. Christof Schenck da Sociedade Zoológica de Frankfurt (FZS).


Boto-do-Araguaia

Inia araguaiensis, uma espécie recém-descoberta de botos, já está ameaçada de extinção. Uma grande população vive no Cantão.

Instituto Araguaia está usando drones para monitorar a população de botos no Cantão

COMO UM DRONE PODE CONTAR GOLFINHOS

O boto-do-Araguaia (Inia araguaiaensis) é um dos botos mais raros e ameaçados de extinção do mundo. O Cantão abriga esta espécie e é uma área protegida chave para a sua conservação. O Instituto Araguaia tem testado diversos métodos para estudar esses botos desde que a espécie foi descrita pela primeira vez, em janeiro de 2014, pelo INPA e pela Universidade de Dundee. Levantamos lagos por toda a região do Cantão e descobrimos que na estação seca em todo o Cantão os botos se concentram em alguns grandes lagos cujo período de isolamento é menor que a maioria. Um aspecto do comportamento do boto-do-Araguaia, distinto dos demais botos da bacia amazônica, é sua capacidade de navegar em águas extremamente rasas, empurrando seus corpos sobre bancos de areia rasos. Desenvolvemos e testamos um método para contar os botos a partir do ar usando drones e câmeras acopladas a um balão e, por meio de testes de campo, constatamos que esse método era muito mais preciso do que o método padrão de contar botos a partir de um barco.

Nosso trabalho se concentrou em comparar o método tradicional de contagem com os observadores em um barco e também com análise de imagens aéreas produzidas a partir de drones e balões.  O resultado desta tese validou nossa metodologia e continuamos este levantamento aéreo desde então. Este método também nos permitiu monitorar as tendências populacionais da espécie na região e documentar o comportamento dos botos. Essa metodologia foi publicada na revista científica ECOSPHERE. Duas teses de mestrado descrevendo a nova metodologia e o comportamento dos botos foram realizadas por alunos de pós-graduação no Instituto Araguaia, contribuindo assim para o reconhecimento da nova espécie pelo ICMBio.

O Instituto Araguaia já adotou o Inia araguaiaensis como espécie-bandeira, utilizando-o em apresentações, internet e entrevistas na mídia para gerar interesse público pela proteção da espécie e de seu habitat. O conhecimento adicional e as imagens geradas por este projeto fortalecem muito nossa capacidade de fazê-lo.

Uma câmera acoplada a um balão de hélio fornece um ponto de vista incrível para observar os golfinhos

COMO OS BOTOS PODEM PROTEGER UM RIO

Além da região do Cantão, o Instituto Araguaia realizou contagens amostrais de botos em toda a bacia do Araguaia. Identificamos grupos de Inia araguaiaensis que ficariam isolados por uma barragem no Rio Garças – afluente do Araguaia - e apoiamos ações judiciais que resultaram na suspensão do projeto até que apresentasse soluções cabais para seus impactos negativos.

Outro afluente, o rio Formoso, estava sendo sugado por bombas de irrigação. Nossa equipe resgatou botos encalhados e obteve coordenadas para projetos atuais e planejados na região. Nossas discussões técnicas e o fato de levarmos o assunto à mídia ajudaram a convencer as autoridades a instalar medidores de nível de água e medidores digitais de vazão em projetos de irrigação e a ordenar que as bombas fossem interrompidas sempre que o nível dos rios caísse muito.

Desde 2015, o Instituto Araguaia mantém o compromisso de monitorar e divulgar a situação do boto-do-Araguaia no Cantão e arredores e trabalhar com parceiros, autoridades e mídia para garantir que Inia araguaiaensis sobreviva a essa mudança intensa e generalizada de seu habitat ancestral.


Peixes Do Cantão

A região do Cantão contém mais de 1.000 lagoas: 80% de todas as lagoas da bacia do Araguaia. Essa abundância de lagos, aliada à alta produtividade de seus igapós, faz do Cantão um dos melhores habitats de peixes de água doce do planeta, com 301 espécies catalogadas até hoje: mais do que em toda a Europa, e mais do que em toda a bacia do Pantanal.

Atualmente, a maior ameaça ao ecossistema do Cantão é a caça ilegal. Com o crescimento do Estado do Tocantins na última década, tanto a pesca profissional quanto a esportiva cresceram vertiginosamente. O preço do pescado na região aumentou mais de 1.000%, e os estoques das espécies mais procuradas estão diminuindo em todo o Araguaia. Consequentemente, as lagoas do Cantão estão sob crescente pressão dos pescadores que invadem as áreas protegidas, levando quantidades significativas de peixes constantemente. Além disso, ao acampar dentro dessas áreas, esses invasores podem provocar incêndios que devastam grandes áreas durante a estação seca. Um único ataque de pescadores pode destruir os estoques de cria de vários lagos, exigindo vigilância constante para proteger esses berçários.

O Instituto Araguaia realiza a vigilância permanente necessária em um conjunto de  lagoas ao redor de sua base de pesquisa. Funcionários do IA se revezam patrulhando a área 365 dias por ano. Pesquisadores, auxiliares e voluntários percorrem constantemente as trilhas de nossas reservas particulares e, se necessário, solicitam apoio das autoridades locais. Como resultado dessa presença constante, as invasões e a pesca ilegal foram reduzidas a níveis insignificantes nesses lagos, e a população de peixes aumentou acentuadamente nos últimos anos. A quantidade e o tamanho dos grandes pirarucus que residem dentro dos lagos sob nossa proteção são notáveis, e entrevistas informais com pescadores locais indicam que a pesca no vizinho Rio do Coco, onde a pesca é permitida, melhorou nos últimos anos. Nosso projeto de extensão comunitária, que inclui campanhas e inúmeras apresentações em escolas e associações locais, tem contribuído muito para isso.

Um Projeto de Marca e Recaptura

O projeto Monitoramento da Ictiofauna do Parque Estadual do Cantão, realizado em 2013, acompanhou a recuperação da ictiofauna em lagos com proteção efetiva, com a participação de pescadores locais. Peixes importantes para a pesca comercial e esportiva foram marcados nos lagos protegidos e recapturados em áreas onde a pesca é permitida, demonstrando a importância dos lagos no repovoamento dos rios. Também foi realizado o censo do peixe pirarucu (Arapaima gigas), permitindo uma análise comparativa de sua presença entre lagos desprotegidos e aqueles com vigilância permanente. Este projeto demonstrou a importância da proteção dos lagos do Cantão para a recuperação dos estoques pesqueiros do médio Araguaia.


ECOTONO CANTÃO - CONECTANDO CERRADO E AMAZÔNIA

Em 2010, o Instituto Araguaia iniciou um programa para proteger e monitorar as populações ameaçadas e as florestas virgens e lagos do Cantão. Hoje o Parque Estadual do Cantão é conhecido como uma das áreas protegidas mais importantes da Amazônia brasileira.  A região do Cantão, composta do ambiente Amazonico do parque e do rico Cerrado de seu entorno, é o último refúgio remanescente para espécies ameaçadas de extinção, como a ariranha e as populações cada vez menores do boto do rio Araguaia. O Cerrado circundante, a savana mais rica do mundo, vem sendo incinerado para a produção de soja, e os esforços do Instituto vem ajudando proprietários de terras locais a entender a importância de preservar as bacias hidrográficas da contaminação por pesticidas. Comprando terras para serem conservadas, o próprio exemplo do Instituto inspirou outros a criar Reservas Particulares como zonas de amortecimento para o parque. Além disso, o Programa de Alcance Comunitário do Instituto Araguaia vem levando a conscientização ambiental para mais de 300 crianças em idade escolar nas comunidades da região.

Nossa Meta: Proteger pelo menos 2.000 hectares (4.942 acres) de Cerrado nativo em uma rede de reservas particulares interconectadas adjacentes ao Parque do Cantão.

O ecossistema Cantão, no vale do Araguaia, no Brasil Central, é o ecótono mais rico do mundo. Aqui, o rico e úmido Cerrado de baixa altitude entra em contato direto com a floresta alagada da Amazônia, resultando em um gradiente acentuado de espécies com alta biodiversidade.  Infelizmente, apenas o lado amazônico deste incrível ecótono é protegido, dentro do Parque Estadual do Cantão e do Parque Nacional do Araguaia. O lado do Cerrado é todo composto por terras particulares que estão sendo rapidamente desmatadas. 

A economia do Brasil é fortemente dependente da agricultura, e a grande maioria da colheita anual do Brasil (assim como a maior parte da produção de carne bovina) vem do Cerrado, de forma que o governo reluta em intervir. Os preços da terra na região eram cerca de metade dos preços atuais antes dos primeiros grandes produtores de soja chegarem por volta de 2012 e estabelecerem o armazenamento de grãos e a infraestrutura de transporte que a tornavam viável para fazendas locais. No entanto, agora os preços das terras onde a soja pode ser cultivada estão subindo vertiginosamente em todo o Cerrado, mesmo onde ainda não há infraestrutura. O alto custo da terra inviabiliza a criação de unidades de conservação públicas, tornando as reservas particulares reconhecidas pelo governo federal (RPPNs) a única alternativa.

O Cerrado é a savana com maior biodiversidade do mundo

RPPN significa “Reserva Privada do Patrimônio Natural”. As RPPNs são estabelecidas por ato legal do órgão ambiental do governo, a pedido do proprietário da terra, e se tornam parte formal do Sistema Nacional de Áreas Protegidas do Brasil.

A terra permanece privada, mas o título é alterado para tornar a reserva juridicamente vinculada em perpetuidade, aplicável a quaisquer herdeiros ou futuros compradores. Apenas áreas com habitat nativo relevante são elegíveis. Essas áreas se tornam isentas de impostos, mas devem ser administradas pelas mesmas regras dos parques nacionais, sem caça ou derrubada de árvores de qualquer tipo. Todas as RPPNs no Brasil estão sujeitas aos mesmos regulamentos federais.

ESTRATÉGIA E VIABILIDADE

Em 2017, uma bolsa do Global Forest Watch - Small Grants Funds e uma parceria com a empresa americana Planet permitiram que a equipe de pesquisa do Instituto Araguaia mapeasse a região e identificasse remanescentes de cerrado intocado ao redor do Parque do Cantão, bem como mapear os possíveis caminhos para sua conectividade. Uma vez identificadas essas áreas, foi realizada uma minuciosa pesquisa de campo para verificar a significância ecológica das manchas mais marcantes. Foi dada prioridade às áreas adjacentes ao Parque do Cantão, considerando o tamanho crítico necessário para garantir a viabilidade ecológica da área e a conectividade proporcionada pelo Rio do Côco e as faixas de matas ciliares, que são legalmente protegidas no Brasil (Fig1).

Com fundos do Rainforest Trust e doadores privados, o Instituto Araguaia comprou 240 hectares de Cerrado intocado em 2018. A propriedade deveria ser vendida para uma fazenda de soja vizinha, mas agora felizmente é a reserva particular do Instituto Araguaia, a RPPN Canto do Obrieni. É o lar de vários casais reprodutores do ameaçado pica-pau de Kaempfer (Celeus obrieni), bem como da megafauna nativa do Cerrado, como tamanduás gigantes, tatus gigantes, lobos guará, emas, antas, queixadas, veados e onças. Também serve de refúgio para a fauna terrestre do Parque durante as grandes cheias. Já documentamos vários animais, incluindo onças e onças-pardas, movendo-se entre a reserva do Cerrado e a floresta alagada no interior do Parque. Um conjunto de tocas de ariranhas na orla de nossas RPPNs tem sido usado por 3 a 5 grupos de ariranhas todos os anos, principalmente no pico das cheias, quando é a margem mais alta disponível.

Com esse exemplo em mãos, a equipe do Instituto Araguaia iniciou uma campanha ousada junto aos principais proprietários de terras para a criação de RPPNs. Como resultado, mais dois sítios (43 hectares no total) foram disponibilizados sem custo por seus proprietários.

Em 2020, com bolsa da American Bird Conservancy, o Instituto Araguaia adquiriu mais uma propriedade no âmbito do Corredor, a RPPN Lago do Campo, com 145 hectares. O Lago do Campo foi adquirido pelo Instituto Araguaia em 2021, no Cerrado ao longo do Rio do Coco do Parque Estadual do Cantão. Contém campos nativos, mata ciliar, três lagoas marginais e uma faixa de floresta inundada amazônica. Essa reserva também será convertida em RPPN.

UMA ABORDAGEM MAIS OUSADA E INOVADORA PARA A CONSERVAÇÃO DO CERRADO

Com fundos do IUCN Netherlands Committee e da American Bird Conservancy, conseguimos assinar um contrato de arrendamento de 10 anos para 190 hectares de floresta intocada de Cerrado, savana e pântano na Fazenda Guaíra, na fronteira com o Parque do Cantão e a apenas 5 km do da RPPN Canto do Obrieni do Instituto Araguaia (Fig1). Os termos do arrendamento estipulam que a área será convertida em uma RPPN irreversível antes de ser devolvida aos proprietários ao final do contrato. Os proprietários estão tentando estabelecer um acampamento de ecoturismo próximo ao local, e o Instituto Araguaia fará a gestão da nova reserva em sinergia com este empreendimento, de modo que quando a devolvermos aos proprietários, eles terão um incentivo para assumir sua proteção.

Um levantamento de espécies e mapa de habitat vem sendo realizado pela equipe de campo do Instituto Araguaia em todas as reservas, com o apoio de uma equipe de especialistas em Biologia, para garantir que todas as RPPNs da rede tenham conectividade adequada entre si e com o Parque do Cantão, com a maior parte eles margeando o parque. O Instituto Araguaia estuda os movimentos da vida selvagem no ecótono desde 2010, usando armadilhas fotográficas e outros meios. A maioria das espécies maiores do Cerrado pode e usa os ecossistemas florestais das reservas para se dispersar, forragear e até mesmo residir durante grande parte do ano.

PROTEÇÃO E GERENCIAMENTO

Seguimos com nossos esforços para a criação de um Corredor de Vida Silvestre Amazônia-Cerrado viável adjacente ao Parque do Cantão. Nossos objetivos são manejar e proteger a vida selvagem e os habitats dentro das RPPNs do Corredor Cantão-Cerrado e expandir o Corredor estabelecendo novas áreas protegidas públicas e privadas.

Fazemos campanha e captação de recursos para o estabelecimento de RPPNs adicionais, e desenvolvemos planos de manejo integrados para as RPPNs. Nossa contínua compreensão dos processos ecológicos e das necessidades de habitat de espécies ameaçadas garantem planos de manejo baseados na ciência e projetos de expansão do Corredor.  Trabalhamos com as comunidades locais para aumentar a conscientização pública e o interesse nas RPPNs, no Corredor e a proteção do ecótono Amazônia-Cerrado na região do Cantão.

Nossa equipe de guardas florestais, operando a partir da estação de campo do Instituto Araguaia, realiza patrulhas semanais durante todo o ano em todas as RPPNs com foco em onde notamos indícios de caça furtiva, com o apoio das autoridades estaduais, se necessário; abrimos e mantemos aceiros e fazemos queimadas preventivas, mantemos cercas de exclusão de gado e, quando necessário, realizamos operações de combate a incêndios com nosso pessoal treinado.

Nossa equipe monitora o desmatamento e o uso do solo ao longo e ao redor do Corredor por meio de imagens diárias de satélite com resolução de 3 metros, disponibilizadas por meio de uma parceria entre o Instituto Araguaia e a Planet.